FEBRE AMARELA SINTOMAS CAUSAS E TRATAMENTOS
A febre amarela é uma condição hemorrágica que pode levar a febre alta, sangramento na pele e também morte celular no fígado e nos rins.
Se células hepáticas suficientes morrem, ocorrem, certamente, danos no fígado, levando à icterícia, uma condição na qual a pele adquire uma cor amarelada.
É mais provável que ocorra em partes tropicais e subtropicais da América do Sul, partes do Caribe e África.
A maioria dos casos ocorre em 32 países da África, incluindo Ruanda e Serra Leoa, e em 13 países da América Latina, incluindo:
- Bolívia
- Brasil
- Colômbia
- Equador
Os viajantes das áreas afetadas devem verificar se precisam de uma vacina antes de viajarem.
Alguns países não permitem que um viajante entre sem um certificado de imunização.
SINAIS E SINTOMAS DA FEBRE AMARELA
Uma vez contraído, o vírus da febre amarela é incubado no corpo por 3 a 6 dias. Muitas pessoas não apresentam sintomas, mas quando ocorrem, os mais comuns são:
- Febre
- Dor muscular com dor nas costas proeminente
- Dor de cabeça
- Perda de apetite
- Náusea ou vômito.
Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem após 3 a 4 dias.
Uma pequena porcentagem de pacientes, no entanto, entra em uma segunda fase mais tóxica dentro de 24 horas após a recuperação dos sintomas iniciais.
A febre alta retorna e vários sistemas corporais são afetados, geralmente o fígado e os rins.
Nesta fase, provavelmente as pessoas desenvolvam icterícia (amarelecimento da pele e dos olhos, daí o nome ‘febre amarela’), urina escura e também dor abdominal com vômitos.
Sangramento pode ocorrer pela boca, nariz, olhos ou estômago. Metade dos pacientes que entram na fase tóxica morre dentro de 7 a 10 dias.
COMO A FEBRE AMARELA É TRANSMITIDA
O vírus da febre amarela é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados.
Portanto a doença não é passada de pessoa a pessoa. A série histórica da doença no Brasil tem demonstrado maior frequência de ocorrência de casos humanos nos meses de dezembro e maio, como um padrão sazonal
Os macacos não transmitem a febre amarela!
Eles são importantes sentinelas para alerta em regiões onde o vírus da Febre Amarela está circulando.
Macacos mortos são analisados em exames específicos para detectar se a causa morte foi Febre Amarela, o que aciona o alerta de cuidado com as pessoas
Os mosquitos se reproduzem em florestas tropicais, ambientes úmidos e semi-úmidos, bem como ao redor de corpos de água parada.
O aumento do contato entre humanos e mosquitos infectados, especialmente em áreas onde as pessoas não foram vacinadas contra a febre amarela, certamente pode criar epidemias em pequena escala.
Há dois diferentes ciclos epidemiológicos de transmissão:
- Silvestre;
- Urbano.
Apesar desses ciclos diferentes, a febre amarela tem as mesmas características sob o ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e também o fisiopatológico.
No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina.
Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata.
No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.
COMPLICAÇÕES
A febre amarela resulta em morte de 20 a 50% daqueles que desenvolvem doenças graves.
As complicações durante a fase tóxica de uma infecção por febre amarela incluem insuficiência renal e hepática, icterícia, delírio e também provavelmente coma.
As pessoas que sobrevivem à infecção se recuperam gradualmente durante um período de várias semanas a meses, geralmente sem danos significativos nos órgãos.
Durante esse período, uma pessoa pode sentir fadiga e icterícia. Outras complicações incluem infecções bacterianas secundárias, como pneumonia ou infecções no sangue.
DIAGNÓSTICO
É clínico, epidemiológico e laboratorial.
Diagnóstico Laboratorial
a)Específico
O Isolamento viral é realizado a partir de amostras de sangue, derivados ou tecidos coletados nos primeiros 5 dias após o início da febre.
Reação em cadeia de polimerase (PCR); Imunofluorescência e Imunohistoquímica.
Sorologia:
Ensaio imunoenzimático para captura de anticorpos IgM (Mac-Elisa); Na maioria dos casos requer somente uma amostra de soro sendo possível realizar o diagnóstico presuntivo de infecção recente ou ativa.
Outras técnicas são utilizadas no diagnóstico sorológico, porém requerem sorologia com amostras pareadas tais como Inibição de Hemaglutinação (IH); Teste de Neutralização (N) e Fixação de Complemento(FC), considerando-se positivos os resultados que apresentam aumento dos títulos de anticorpos de, no mínimo, 4 vezes, entre a amostra colhida no início da fase aguda comparada com a da convalescença da enfermidade (intervalo entre as colheitas de 14 a 21 dias).
b) Inespecíficos As formas leves e moderadas apresentam quadro clínico autolimitado, não há alterações laboratoriais importantes, salvo por leucopenia, discreta elevação das transaminases (nunca superior a duas vezes os valores normais encontrados) com discreta albuminúria caracterizada por encontro de cilindros hialinos no sedimento urinário.
FORMAS GRAVES
Nas formas graves clássicas ou fulminantes podem ser encontradas as seguintes alterações: leucopenia com neutrofilia e intenso desvio à esquerda.
Em pacientes com infecção secundária pode-se observar leucocitose com neutrofilia. Trombocitopenia (sendo comum valores de 50.000 plaquetas/cm³ ou valores menores) aumento dos tempos de protrombina, tromboplastina parcial e coagulação.
Diminuição dos fatores de coagulação sintetizados pelo fígado (II,V,VII,IX E X).
Aumento de: Transaminases (em geral acima de 1.000 UI); bilirrubinas (com predomínio da bilirrubina direta); colesterol; fosfatase alcalina; Gama-GT; uréia e creatinina, estas com valores (5 a 6 vezes ou até mais altos que os valores normais).
Observe-se que a confiabilidade dos resultados dos testes laboratoriais dependem dos cuidados durante a coleta, manuseio, acondicionamento e também do transporte das amostras.
Diagnóstico diferencial – As formas leves e moderadas se confundem com outras viroses, por isso são de difícil diagnóstico, necessitando-se da história epidemiológica.
As formas graves clássicas ou fulminantes devem, certamente, ser diferenciadas das hepatites graves fulminantes, leptospirose, malária por Plasmodium falciparum, febre hemorrágica do dengue e septicemias.
TRATAMENTO PARA A FEBRE AMARELA
Não existe medicamento para combater o vírus da febre amarela (FA).
O tratamento é apenas sintomático e requer cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado.
Os quadros clássicos e/ou fulminantes exigem que o atendimento ao paciente ocorra em Unidade de Terapia Intensiva, o que, portanto, reduz as complicações e a letalidade.
PREVENÇÃO
A única forma de evitar a febre amarela é a vacinação.
A vacina é gratuita, recomendada para toda a população a partir dos 9 meses de idade, tanto as residentes nas áreas de risco de transmissão quanto as que eventualmente se exponham ao risco de adoecer.
Disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano, a vacina é administrada em dose única e é válida por 10 anos.
Deve ser aplicada 10 dias antes da viagem para as áreas de risco de transmissão da doença. Em situações de surto ou epidemia, vacinar a partir dos 6 meses de idade.
Seja o primeiro a comentar!