HEPATITE C SINTOMAS CAUSAS E TRATAMENTOS

Sabemos hoje que, a hepatite C compete com a doença hepática alcoólica como a maior causa de doença crônica do fígado, podendo, portanto, ser a vencedora em várias áreas geográficas.

Estima-se que 3 % da população mundial esteja contaminada, sendo relevante o número de pessoas que desconhece o fato de albergar o vírus.

Um estudo populacional na cidade de São Paulo mostrou prevalência de 1 a 4% de anti-VHC, variando com a faixa etária.

As altas porcentagens de cronicidade da doença, seu potencial evolutivo para cirrose e hepatocarcinoma, assim como o fato de ser a mais freqüente etiologia diagnosticada em casos de transplante hepático, fazem consequentemente, com que constitua grave problema de saúde pública.

A hepatite C é uma doença do fígado causada pelo vírus da hepatite C (VHC)
O vírus pode causar hepatite aguda e crônica, variando em gravidade, desde uma doença leve que dura algumas semanas até uma doença séria e vitalícia.

A hepatite C é uma das principais causas de câncer de fígado.

O vírus da hepatite C é um vírus transmitido pelo sangue: os modos mais comuns de infecção são através da exposição a pequenas quantidades de sangue, por exemplo.

Isso pode acontecer por meio do uso de drogas injetáveis, práticas de injeção inseguras, cuidados de saúde inseguros, transfusão de sangue e produtos sanguíneos não rastreados e práticas sexuais que levam à exposição ao sangue, por exemplo.

Globalmente, estima-se que 71 milhões de pessoas tenham infecção pelo vírus da hepatite C crônica.

Um número significativo daqueles que estão cronicamente infectados desenvolverá cirrose ou câncer de fígado.

A OMS estimou que, em 2016, aproximadamente 399.000 pessoas morreram de hepatite C, em primeiro lugar por cirrose e carcinoma hepatocelular (câncer primário de fígado).

Medicamentos antivirais podem curar mais de 95% das pessoas com infecção por hepatite C, reduzindo, portanto, o risco de morte por cirrose e câncer de fígado, entretanto o acesso ao diagnóstico e ao tratamento é baixo.

Não existe vacina eficaz para hepatite c

Atualmente, não existe vacina eficaz contra a hepatite C, no entanto, pesquisas nessa área estão em andamento.

O prognóstico para uma pessoa com hepatite C é variável, dependendo de quando a infecção é diagnosticada e quando o tratamento é iniciado. Aproximadamente 15% -25% dos pacientes infectados se curam sem a necessidade de tratamento.

No entanto, aqueles que não curam espontaneamente a infecção tornam-se cronicamente (persistentemente) infectados.

Com diagnóstico e tratamento precoces, o prognóstico atual é excelente para aqueles que estão cronicamente infectados.

Entretanto, complicações graves podem ocorrer devido à hepatite C avançada, não tratada, incluindo cirrose, insuficiência hepática , câncer de fígado , necessidade de transplante de fígado e até morte, por exemplo.

Existem muitas formas do vírus da hepatite C ou HCV. O mais comum nos EUA é o tipo 1.

Nenhum é mais grave do que qualquer outro, no entanto eles respondem de maneira diferente ao tratamento.

ESTÁGIOS DA HEPATITE C

A doença afeta pessoas de maneiras diferentes e tem vários estágios, como por exemplo:

1.Período de incubação. Este é o tempo entre a primeira exposição ao início da doença. Pode durar de 14 a 80 dias, mas a média é de 45.

2.Hepatite aguda C. Esta é uma doença de curta duração que dura os primeiros 6 meses após o vírus entrar no seu corpo.

Depois disso, algumas pessoas terão o vírus eliminado ou eliminado o vírus por conta própria.

3.Hepatite crônica C. Se o seu corpo não limpar o vírus sozinho após 6 meses, ele se tornará uma infecção de longo prazo.

Portanto, isso pode levar a sérios problemas de saúde, como câncer de fígado ou cirrose.

4.Cirrose. Esta doença leva à inflamação que, com o tempo, substitui as células saudáveis do fígado por tecido cicatricial.

Geralmente, leva cerca de 20 a 30 anos para que isso aconteça, embora possa ser mais rápido se você ingerir álcool ou tiver HIV.

5.Câncer de fígado. A cirrose faz com que o câncer de fígado seja mais provável.

O seu médico certificar-se-á de fazer rastreios regulares, porque geralmente não há sintomas nos estágios iniciais.

SINTOMAS

Sinais e sintomas incluem por exemplo:

• Sangramento facil
• Ferir-se facilmente
• Fadiga
• Pouco apetite
• Descoloração amarela da pele e dos olhos (icterícia)
• Urina de cor escura
• Comichão na pele
• Acúmulo de líquidos no abdômen (ascite)
• Inchaço nas pernas
• Perda de peso
• Confusão, sonolência e fala arrastada (encefalopatia hepática)
• Vasos sanguíneos semelhantes a aranhas na sua pele (angiomas de aranha).

CAUSAS DA HEPATITE C

O vírus da hepatite C geralmente se espalha através do contato sangue-sangue.

Algumas formas de disseminação da infecção incluem por exemplo:

Compartilhamento de agulhas não esterilizadas – particularmente agulhas usadas para injetar drogas recreativas compartilhando lâminas de barbear ou escovas de dentes de uma mulher grávida para o feto através de relações sexuais desprotegidas – embora isso seja muito raro.

TRANSMISSÃO DA HEPATITE C

A infecção pelo HCV é geralmente transmitida pelo contato sangue-sangue com sangue contendo o vírus.

A transmissão pode ocorrer por exemplo através do seguinte:

1.Compartilhando equipamentos para cheirar, fumar ou injetar drogas, como agulhas e seringas, canudos e cachimbos, com alguém que vive com HCV.

2.Exposição ao sangue e / ou produtos derivados do sangue, incluindo a recepção de uma transfusão de sangue ou de um produto sanguíneo num país onde o fornecimento de sangue não é testado para o VHC.

3.Um puxão acidental com uma agulha ou seringa usada por alguém que vive com hepatite C.

4.De mãe para bebê antes ou durante o parto.

5.Eventos de perfuração da pele, como tatuagens, piercings, acupuntura ou eletrólise, se o equipamento estiver contaminado com o vírus.

Outras formas menos comuns de propagação do VHC são:

1.Relações sexuais, especialmente se sangue ou feridas abertas estiverem presentes.

2.Compartilhando escovas de dente, fio dental, lâminas de barbear, limas de unhas ou outros itens, que poderiam ter pequenas quantidades de sangue sobre eles.

3.Existe um risco muito baixo de espalhar o vírus através de outros fluidos corporais, como o sêmen ou secreções vaginais.

O risco aumenta se o sangue é misturado com estas secreções.

Neste momento, não há vacina para impedir que as pessoas contraiam a infecção pelo HCV.

FORMAS DE NÃO CONTÁGIO

Contato casual, como em um escritório;

Tossir ou espirrar;

Contato físico, como abraços e beijos;

Usando os mesmos pratos ou talheres;

Nadar em uma piscina com cloro quando tiver cortes ou arranhões ou quando estiver menstruando;

Ser mordido ou picado por um inseto, que então morde ou pica outra pessoa; ou pele saudável de outras pessoas que entram em contato com seus fluidos corporais, como saliva, urina, fezes ou vômito, por exemplo.

A amamentação não é considerada um risco para a disseminação do HCV.

Entretanto, se uma mãe que amamenta e vive com o HCV tiver mamilos rachados ou sangrando (e / ou aréola ao redor), ela deve descartar o leite materno até que eles tenham cicatrizado, pois o vírus pode se espalhar pelo sangue.

Portanto, quando os mamilos da mãe não estão mais rachados ou sangrando, ela pode amamentar completamente o bebê.

DIAGNÓSTICO

Depois que você é exposto ao HCV, os anticorpos ao vírus aparecem em seu sangue, que podem ser detectados por um exame de sangue.

Um teste de anticorpos positivo significa que você foi exposto ao vírus em algum momento.

Outro exame de sangue será feito para determinar se você ainda está vivendo com o vírus e é infeccioso para os outros.

Cerca de 1 em cada 4 pessoas infectadas eliminará naturalmente o vírus do seu corpo e, portanto, se recuperará.

Outros 75% das pessoas passarão a viver com uma infecção crônica.

Aproximadamente 15-25% das pessoas que passam a ter uma infecção crônica podem desenvolver doença hepática significativa.

O teste sorológico para diagnóstico de hepatite C, rotineiramente utilizado desde o início dos anos 90, é um teste imunoenzimático (ELISA) para detecção de anticorpos contra o vírus da hepatite C (anti-VHC).

Ele adquiriu maior sensibilidade e especificidade ao passar de testes de primeira para segunda e terceira gerações (ELISA II ou III).

Embora extremamente útil para o diagnóstico das hepatites crônicas, especialmente nos pacientes com alterações de transaminases e epidemiologia sugestiva de VHC, o ELISA costuma apresentar resultado negativo nos primeiros meses após a contaminação.

Isso dificulta o diagnóstico etiológico nas fases iniciais da hepatite aguda pelo VHC ou mesmo falseando um resultado negativo em doadores de sangue contaminados.

Entretanto, persiste a possibilidade de resultado falsamente positivo em doadores de sangue ou qualquer grupo de indivíduos com baixo valor preditivo de contaminação pelo VHC.

TRATAMENTO PARA HEPATITE C

Diferentemente da Hepatite A e da Hepatite B, uma vacina contra hepatite C não está disponível.

No entanto, as opções de tratamento estão disponíveis e a hepatite C pode ser curada (ou eliminada do corpo).

O vírus da Hepatite C é considerado “curado” se o vírus não for detectado no sangue quando medido com um exame de sangue 3 meses após o término do tratamento.

Isso é chamado de resposta virológica sustentada (SVR) e os dados sugerem que você ficará livre de vírus indefinidamente.

TRATAMENTOS NATURAIS

Coenzima Q 10:

É um antioxidante que aumenta a capacidade das células T, reduz o risco de infecções e ativa a produção do Interferon natural.

– Cogumelos reishi, shitake e cogumelo do sol:

– Na medicina chinesa estes cogumelos são chamados de Fu Shen e aparentam possuir o poder de aumentar as defesas imunológicas e da produção do Interferon natural.

– Também regula a pressão arterial, limpando o sangue, estimulando o funcionamento do fígado e ajudando a combater o stress.

– Recomenda-se fazer um chá com 3 a 5 gramas de cogumelos por dia.

– Dente de Leão:

(Taraxacum Officinale).

– A raiz e as folhas possuem propriedades reparadoras para o fígado.

Recomenda-se o uso da erva em cápsulas, à venda em farmácias.

– É um excelente diurético, recomendado para pessoas com retenção de líquidos; ótima alternativa para substituir os diuréticos.

– Equinácia:

(Echinacia Purpura).

 – Estimulante do sistema imunológico, aumenta a capacidade do Interferon natural produzido pelo organismo, sendo excelente para tratar a neuropatia (pernas pesadas).

É um bom coadjuvante no tratamento das infecções por vírus, bactérias e fungos.

– Durante a gravidez e lactação, seu uso exige estrito controle médico.

– Ferro:

Não deve ser tomado nenhum suplemento que contenha ferro.

 

– Uma das características da hepatite C é a acumulação de ferro no fígado e está comprovado que os vírus se alimentam deste ferro.

– Muito cuidado com os complementos multivitamínicos e minerais; geralmente, a quantidade de ferro é muito superior à dosagem diária recomendada para o organismo.

– Ginkgo Biloba:

Pode ajudar a combater o cansaço; são suficientes 60 mg. diários do extrato em cápsulas.

– Poderoso antioxidante do sistema nervoso central, atua nos problemas de memória, pressão alta, depressão, e ativa o sistema imunológico.

– Ginseng:

Estimula a atividade das células T e a produção do Interferon natural.

– Liver Flush:

É um chá usado nos Estados Unidos para limpar o fígado e é preparado jogando-se um copo de água quente (não ferver) em:

– 1/2 colher de gengibre fresco, 1 colher de sementes de Feno Grego (encontrado em casas de condimentos árabes), suco de 1 limão galego e 1 pitada de pimenta malagueta.

– Spirulina:

É o extrato da alga verde/azul e possui atividade antiviral; não existem estudos sobre o efeito na hepatite C, porém acredita-se que acelere a recuperação do fígado. É rica em betacaroteno.