SARAMPO SINTOMAS CAUSAS E TRATAMENTOS
O sarampo é uma infecção respiratória certamente muito contagiosa. Causa erupção cutânea total no corpo e sintomas semelhantes aos da gripe.
Parte das pessoas que o contraem lidam com ele sem manifestar quaisquer sintomas.
O Brasil recebeu a certificação de eliminação do sarampo em 2016.
Mas o sarampo ainda é endêmico em vários outros países, como por exemplo os da Europa, da África e da Ásia, existindo certamente o risco de importação para o Brasil do vírus destes locais onde o controle da doença ainda não existe.
SINTOMAS DO SARAMPO
Os sinais e sintomas do sarampo aparecem cerca de 10 a 14 dias após a exposição ao vírus. Os sinais e sintomas do sarampo geralmente incluem, por exemplo:
- Febre
- Tosse seca
- Coriza
- Dor de garganta
- Olhos inflamados (conjuntivite)
- Pequenas manchas brancas com centros branco-azulados em um fundo vermelho encontrado dentro da boca no revestimento interno da bochecha também chamadas de manchas de Koplik
- Uma erupção cutânea composta por grandes manchas planas que geralmente fluem uma para a outra.
PERÍODOS DOS SINTOMAS
Os sintomas do sarampo são divididos, segundo o Ministério da Saúde, em três períodos:
1.Período de infecção: quando surgem os principais sintomas da doença, como, por exemplo: febre, tosse, coriza, conjuntivite e sensibilidade à luz (fotofobia).
Esse período dura, aproximadamente, sete dias, sendo que, do segundo ao quarto dia, inicia-se o surgimento de manchas pelo corpo.
Um ponto importante a ser destacado é a necessidade de alerta, caso observe-se a presença de febre por mais de três dias após o surgimento de manchas no corpo, podendo ser isso um sinal de complicações.
2.Remissão: quando, como o nome indica, ocorre uma redução dos sintomas da doença. As erupções na pele escurecem-se, e, em algumas pessoas, observa-se a presença de uma descamação fina.
3.Período toxêmico: quando se observa um comprometimento da resistência do organismo humano, sendo consequentemente favorecida a superinfecção viral ou bacteriana.
DIAGNÓSTICO DO SARAMPO
Podem ocorrer trombocitopenia e leucopenia durante a infecção pelo VS.
Em pacientes com envolvimento pulmonar, a radiografia pode certamente demonstrar infiltrado intersticial.
A avaliação histológica de células do epitélio de nasofaringe e respiratório podem demonstrar a presença de células de inclusão.
O sarampo clássico pode ser diagnosticado clinicamente pela presença de tosse, coriza, conjuntivite, manchas de Koplik e uma erupção maculopapular iniciada na face.
Um diagnóstico laboratorial do sarampo é útil quando o clínico não está familiarizado com a doença devido ao declínio nos casos de sarampo clínico desde a introdução da vacina contra o sarampo. O diagnóstico laboratorial também pode ser útil em casos de possível sarampo atípico ou quando ocorre pneumonia ou encefalite inexplicada em um paciente imunocomprometido.
O diagnóstico diferencial do sarampo inclui rubéola, síndrome de Kawasaki, escarlatina, roséola, mononucleose infecciosa e infecções por rickettsioses, infecções por enterovírus e adenovírus.
Esta doença pode ser diagnosticado em laboratório pelo isolamento do vírus, pela identificação do antígeno do sarampo ou RNA em tecidos infectados ou também pela demonstração de uma resposta sorológica significativa ao VS.
AGENTE CAUSADOR DO SARAMPO
O sarampo é uma doença causada por um vírus.
Nesse caso, trata-se de um vírus de RNA que pertence ao gênero Morbillivirus, da família Paramyxoviridae.
O ser humano é o único reservatório conhecido desse vírus.
TRANSMISSÃO
Esta patologia é certamente uma das doenças mais contagiosas do mundo. É transmitida por tosse e espirro, contato pessoal próximo ou contato direto com secreções nasais ou na garganta infectadas.
O vírus permanece ativo e contagioso no ar ou em superfícies infectadas por até 2 horas.
Pode ser transmitida por uma pessoa infectada de 4 dias antes do início da erupção cutânea a 4 dias após a erupção.
Surtos de sarampo podem resultar em epidemias que causam muitas mortes, especialmente entre crianças jovens e desnutridas.
Nos países onde o sarampo foi amplamente eliminado, os casos importados de outros países, certamente continuam sendo uma importante fonte de infecção.
COMPLICAÇÕES
Esta doença pode evoluir com complicações entre crianças menores de cinco anos de idade, sobretudo nas desnutridas, em adultos maiores de 20 anos, em indivíduos com imunodepressão ou em condições de vulnerabilidade.
As complicações que podem ocorrer são a otite média, broncopneumonia, diarreia e encefalite. O óbito é decorrente de complicações, especialmente a pneumonia e a encefalite.
TRATAMENTO
Por ser uma doença autolimitada, o tratamento é sintomático, isto é, visa ao alívio dos sintomas. Em alguns casos, há necessidade de tratamento para o aumento de imunidade.
O paciente deve também:
- Fazer repouso;
- Ingerir bastante líquido;
- Comer alimentos leves;
- Limpar os olhos com água morna;
Não existe um tratamento antiviral específico para o vírus do sarampo.
Complicações do desta patologia podem ser evitadas por meio de cuidados de suporte que incluem, por exemplo: boa nutrição, consumo adequado de líquidos e tratamento da desidratação com a solução de reidratação oral recomendada pela OMS.
Esta solução substitui fluidos e outros elementos essenciais perdidos por diarreia ou vômitos. Os antibióticos devem ser prescritos para tratar infecções e pneumonia.
Todas as crianças com diagnóstico de sarampo devem receber duas doses de suplementos de vitamina A, com 24 horas de intervalo.
Este tratamento restaura baixos níveis de vitamina A durante o sarampo que ocorrem mesmo em crianças bem nutridas e podem certamente ajudar a prevenir danos oculares e cegueira.
Os suplementos de vitamina A demonstraram reduzir em 50% o número de mortes por esta doença.
Seja o primeiro a comentar!