MACONHA – PARA USO MEDICINAL FOI LIBERADA
O órgão regulador farmacêutico brasileiro Anvisa aprovou no dia 3 de dezembro de 2019 regulamentos para o lançamento de produtos à base de maconha medicinal.
A maconha, também chamada erva daninha ou haxixe, é uma droga que vem da maconha sativa (planta de cânhamo).
O uso medicinal da maconha também é chamado de maconha medicinal. A planta inteira ou seus extratos podem ser usados para controlar ou aliviar as condições médicas ou de saúde mental.
Os efeitos podem começar imediatamente e durar de 3 a 4 horas. A maconha pode ser tomada na forma de pílula, cápsula, óleo ou spray para boca.
A cannabis também pode ser fumada, assada em alimentos ou transformada em chá.
O tratamento médico com cannabis-medicinal é considerado seguro. Não são raros os casos em que ele proporciona uma melhora impressionante na qualidade de vida de pessoas.
Há incontáveis relatos positivos de pacientes diagnosticados com câncer, parkinson, autismo, alzheimer e também muitas outras condições de saúde.
Dessa forma, serão desencadeadas ações benéficas para que a cannabis-medicinal seja uma aliada a uma série de doenças, condições e sintomas.
Podemos citar a ansiedade, a epilepsia, os distúrbios neurológicos, os tremores essenciais, entre muitos outros.
Isso significa que o tratamento médico com cannabis-medicinal provavelmente possa ser uma alternativa!
COMPOSTOS QUÍMICOS
O nosso organismo possui uma engrenagem que é ativada em contato com canabinoides-medicinais, ou seja, com as substâncias encontradas na cannabis-medicinal.
Este é o sistema endocanabinoide presente em seu corpo e que, em contato com os fitocanabinoides, isto é, com os canabinoides encontrados na planta cannabis, irão certamente se conectar aos nossos receptores de mesmo nome.
Canabinóides, incluindo tetrahidrocanabinol e canabidiol, são os constituintes ativos mais importantes da planta de cannabis.
Nos últimos anos, os medicamentos à base de canabinóides (CBMs) tornaram-se cada vez mais disponíveis para pacientes em muitos países, tanto como produtos farmacêuticos quanto como cannabis à base de plantas (maconha).
Embora pareça haver uma demanda por vários produtos terapêuticos à base de canabinóides, especificamente para melhoria sintomática em doenças crônicas, os efeitos terapêuticos de diferentes CBMs foram comparados diretamente apenas em alguns estudos clínicos.
O canabidiol (CBD) é um produto químico produzido naturalmente na cannabis. O CBD não contém tetra-hidrocanabinol (THC), o produto químico que causa um alto consumo de cannabis.
O CBD é um entre mais ou menos 104 componentes classificados como canabinóides encontrados nas plantas de cannabis, com possivelmente mais sete ou oito novos componentes descobertos recentemente que também podem ser considerados como canabinóides.
ONDE É ENCONTRADO O CANABIDIOL
Ele é encontrado tanto na Cannabis Sativa (cânhamo) quanto na Cannabis Indica (marijuana), mas o conteúdo de CBD no cânhamo é tão baixo que o seu cultivo foca primariamente na produção de fibras e sementes
O CBD pode ser usado para ajudar com um distúrbio de abuso de substâncias ou também para aliviar a ansiedade ou depressão.
O CBD pode ajudar a aliviar a dor, diminuir a inflamação e controlar os espasmos musculares da EM.
Também pode ajudar a controlar alguns tipos de convulsões. Ele é um extrato. Isso significa que foi separado do resto da planta de maconha.
Muitas vezes é transformado em óleo e deixado cair debaixo da língua.
RISCOS DO USO DA MACONHA
A cannabis pode variar em qualidade e força. Pode funcionar bem para algumas pessoas, mas não para outras.
A quantidade de cannabis necessária, quando usá-lo ou se está funcionando pode não ser clara. Isso, certamente pode interferir na sua capacidade de dirigir um carro ou operar máquinas.
Existem vários medicamentos diferentes, com mecanismos contrastantes de ação, eficácia e segurança. O uso desses produtos pode aumentar à medida que novas evidências surgem e mudanças nas políticas ocorrem.
BENEFÍCIOS DA MACONHA MEDICINAL
A produção de cannabis está em expansão à medida que os benefícios do CBD (canabidiol) são cada vez mais reconhecidos.
De acordo com o Projeto CBD, acredita-se que pelo menos 50 condições de saúde podem ser melhoradas com o CBD, incluindo dores, convulsões, espasmos musculares, náuseas associadas à quimioterapia, transtornos digestivos como a colite e a doença inflamatória intestinal (DII), distúrbios neurológicos degenerativos como a distonia, esclerose múltipla, mal de Parkinson, transtornos de humor, ansiedade, TEPT (transtorno de estresse pós-traumático), e pressão sanguínea elevada.
O CBD ficou conhecido por sua associação com o tratamento da epilepsia.
Quando diversos casos de crianças sendo tratadas com extratos de cannabis começaram a aparecer em 2014, cada vez mais a palavra CBD era utilizada na mídia.
Numa tentativa de desvencilhar o Canabidiol da maconha, o componente foi mencionado dezenas de vezes como se fosse o único canabinoide que pudesse tratar doenças.
OUTROS BENEFÍCIOS DA MACONHA MEDICINAL
De fato, o CBD foi estudado como um potencial neuroprotetor. O componente parece proteger células nervosas de se superexcitarem – processo que ocorre naturalmente em pessoas saudáveis, mas em excesso na epilepsia, causando as características convulsões e espasmos.
Outros canabinoides, contudo – como o próprio THC – também possuem efeito neuroprotetor. É possível que esses componentes ajam em conjunto com o Canabidiol para a tratar a epilepsia.
O CBD parece ter propriedades anti-inflamatórias, demonstrando potencial para o tratamento de diversas doenças inflamatórias, como a artrite reumatoide, a esclerose múltipla, a doença de Crohn, diabetes tipo 1, entre muitas outras.
Diferente do THC, o CBD isolado não possui efeito analgésico. Utilizado em conjunto com o THC, contudo, ele parece potencializar os efeitos do THC no combate à dor crônica, sobretudo a dor neuropática (comum em pacientes com câncer ou AIDS, por exemplo). Ao que tudo indica, o CBD e o THC em conjunto são mais eficazes do que o THC isolado no tratamento da dor.
Enquanto o THC pode desencadear efeitos psicóticos em pessoas com sensibilidade a seus efeitos; ou em pessoas que já sofrem ou sofrerão algum tipo de psicose (como a esquizofrenia), o CBD tem efeito antipsicótico.
Diversas pesquisas indicaram esse efeito, inclusive estudos realizados no Brasil, na USP de Ribeirão Preto.
Em diversos estudos pré-clínicos (em laboratório ou em animais, não em humanos), o CBD demonstrou forte potencial no tratamento de diferentes tipos de câncer.
Centenas de estudos demonstram efeitos antitumorais e anticancerígenos por parte do Canabidiol isolado.
Estudos em humanos, contudo, são necessários para determinar se o CBD realmente pode ser utilizado nesse tratamento.
. Apesar da grande atenção que o CBD tem recebido, é preciso lembrar que ele é apenas um componente, dentre diversos outros presentes na planta, e ele nem é o mais estudado.
Mais conhecimento sobre esse e outros componentes pode significar, portanto, uma expansão na compreensão da biologia humana e um passo à frente no tratamento de dezenas de enfermidades.
Quanto mais soubermos sobre o CBD e a cannabis, mais podemos avançar na luta pelo direito à vida e ao tratamento de escolha de pacientes-usuários.
Requisitos Regulamentares Para As Empresas Manterem A Aprovação Do Mercado
Empresas que enviarão os processos de registro para comercializar Cannabis e produtos no futuro, devem atender aos seguintes requisitos regulamentares:
Somente empresas estabelecidas no Brasil podem enviar à ANVISA o registro de produtos à base de Cannabis.
Além disso, a empresa deve ter uma Permissão de Trabalho concedida pela ANVISA (também conhecida como AFE) para Fabricar e / ou Importar Medicamentos e Ingredientes Farmacêuticos (conforme aplicável a cada caso), além da atividade de Distribuição, para aqueles que desejam importar apenas produtos acabados.
No entanto, para os fabricantes, não é necessário destacar essa atividade na AFE, pois a atividade manufatureira já abrange a distribuição de seus próprios produtos;
Possui Autorização de Trabalho Especial (também conhecida como EA) para Produtos Controlados, uma vez que o Canabidiol (CBD) e o Tetrahidrocanabinol (THC) estão descritos na Portaria SVS / MS No. 344/98, atualizada pela RDC no. 325/19 (12/03/19);
Além do mais, é preciso ter um certificado de boas práticas de fabricação (tanto para fabricantes nacionais quanto para laboratórios estrangeiros). Inclusive as empresas exclusivamente importadoras e distribuidoras (de produtos acabados) devem ter um certificado de boas práticas de distribuição e armazenamento.
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