RINITE ALÉRGICA SINTOMAS CAUSAS E TRATAMENTOS

A rinite alérgica (RA) é definida como uma doença sintomática do nariz, resultante da reação inflamatória mediada por anticorpos IgE específicos.

Ela se manifesta após a exposição da mucosa da cavidade nasal ao alérgeno envolvido.

Embora o início das manifestações clínicas da RA ocorra mais comumente na infância, até 30% dos pacientes apresentam um início tardio.

A frequência dos sintomas, a RA é classificada como intermitente ou persistente e, de acordo com a intensidade dos sintomas, como leve ou moderada a grave.

Embora seja freqüentemente vista como uma doença trivial e temporária ou, ainda, como uma doença menos grave quando comparada à asma.

A RA é capaz de alterar marcadamente a qualidade de vida dos pacientes, assim como seu desempenho, aprendizado e produtividade, por exemplo.

Além disso, a RA é comumente associada a outras doenças respiratórias, e o custo resultante dessas comorbidades aumenta ainda mais o impacto socioeconômico da doença.

Associações entre doenças alérgicas são freqüentemente observadas. Portanto, há fortes correlações entre RA, dermatite atópica e asma. 

Inquéritos populacionais estimam que 38% de todos os pacientes com RA também têm asma e que 78% de todos os asmáticos também têm rinite.

Em estudos, a RA ocorre em mais de 75% dos pacientes com asma alérgica e em mais de 80% dos pacientes com asma não alérgica.

TIPOS DE RINITE ALÉRGICA

Em documento recente, a Academia Europeia de Alergia e Imunologia propôs a classificação das rinites crônicas baseando-se no principal agente etiológico.

 É constituída por 4 subgrupos, a saber: 

1) rinites infecciosas (agudas, autolimitadas, causadas por vírus, e menos frequentemente por bactérias);

 
2) rinite alérgica (forma mais comum, induzida por inalação de alérgeno em indivíduos sensibilizados);

3) rinite não alérgica não infecciosa (grupo heterogênio, pacientes sem sinais de infecção e sem sinais sistêmicos de inflamação alérgica, por exemplo:

Rinite induzida por drogas, rinite do idoso, rinite hormonal, rinite da gestação, rinite ocupacional não alérgica, rinite gustatória, e rinite
idiopática);

 
4) rinite mista (expressão significante em pacientes com rinite crônica, com mais de um agente etiológico, conhecido ou não).

OUTROS TIPOS

 Rinite hormonal

É o tipo mais frequente durante a gestação, menstruação, em pacientes com hipotireoidismo, acromegalias (superprodução do hormônio do crescimento).

Diante do uso de anticoncepcionais orais devido às alterações hormonais provocadas no organismo.

Esse tipo de rinite acontece, portanto, em reação aos efeitos da progesterona.

Esse hormônio é capaz de relaxar a musculatura lisa dos vasos nasais, o que acaba elevando o volume sanguíneo na região.

O hormônio estrogênio, aumenta o ácido hialurônico e inibe a acetilcolinesterase (substâncias que participam da manutenção da pele, músculos e outros tecidos),

E isto consequentemente pode causar um acúmulo de líquido (edema) na mucosa nasal.

Durante a gestação, a rinite não costuma provocar todos os sintomas típicos, como coceira e espirros.

No entanto, a principal manifestação clínica durante a gravidez ocorre pela presença de congestão nasal, que piora geralmente no último trimestre de gestação.

Rinite induzida por drogas

 

Esse tipo de manifestação da doença representa 5% dos casos, caracterizada consequentemente por uma congestão nasal devido sobretudo ao efeito rebote.

Esse efeito rebote, normalmente é provocado pelo uso excessivo e prolongado dos medicamentos descongestionantes.

Pode ocorrer também pelo uso de drogas sistêmicas, como medicamentos utilizados no tratamento de pacientes com hipertensão. 

Além de aspirina, anti-inflamatórios, contraceptivos orais, guanetidina, reserpina e drogas por inalação, como a cocaína, por exemplo.

Rinite vasomotora

 

A rinite vasomotora, ou idiopática, é um dos tipos de rinite em que o nariz escorrendo (rinorreia) é um dos sintomas mais presentes e incômodos.

 No entanto, é diferente dos outros tipos de rinite pois, no teste para detectar uma possível alergia, o resultado geralmente é negativo.

SINTOMAS DA RINITE ALÉRGICA

Obstrução nasal, rinorréia anterior e posterior, espirros, prurido nasal e hiposmia.

 Geralmente ocorrem durante dois ou mais dias consecutivos por mais de
uma hora na maioria dos dias.

CAUSAS

A rinite pode ser desencadeada ou agravada pela exposição a microrganismos como por exemplo:

Vírus, bactérias ou alérgenos (proteínas) que ficam dispersos no ar e penetrarem no epitélio respiratório.

 
Os mais comuns são os oriundos de ácaros da poeira, de baratas, de fungos, pêlos, saliva e urina de animais domésticos, alimentos.

Também atuam como desencadeantes de sintomas da rinite:

• As mudanças bruscas de clima,
• A inalação de irritantes inespecíficos como odores fortes,
• Gás de cozinha,
• Fumaça de cigarro,
• Poluentes atmosféricos,
• Inalação de ar frio e seco,
• Além da ingestão de medicamentos antiinflamatórios, em indivíduos predispostos.
• Rinite alimentar

DIAGNÓSTICO

Exames de sangue podem medir os níveis de substâncias específicas relacionadas a alergias.

Principalmente a imonuglobulina E (IgE), anticorpo produzido pelo organismo contra os alérgenos.

A Rinite Alérgica é diagnosticada através dos sintomas, no entanto para saber exatamente a quais alérgenos específicos o indivíduo reage, pode-se fazer um teste alérgico cutâneo.

TRATAMENTOS NATURAIS PARA RINITE ALÉRGICA

1.Lavar a cavidade nasal com soro fisiológico: Esta estratégia é amplamente recomendada, até mesmo pela Academia Americana de Alergias, Asma e Imunologia.

A irrigação dos seios nasais ajudará a expulsar o pólen e outros agentes irritantes, ajudando consequentemente na facilidade da respiração.

2.Acupuntura: Talvez surpreendente para muitas pessoas, a acupuntura tem mostrado oferecer alívio eficaz aos sintomas de alergias.

Um estudo publicado de 2017 concluiu que pessoas que fizeram tratamento semanal com acupuntura tiveram menos problemas de respiração.

Isto se comparadas àquelas que não fizeram acupuntura.

No entanto, o efeito só durava se elas mantivessem o tratamento.

Ainda assim, esta poderia ser uma opção viável para os sofredores de alergias sazonais dispostos levarem picadas de agulhas uma vez por semana durante o pior momento da contagem de irritantes, por exemplo.

3.Melhorar os níveis de vitamina D é absolutamente crucial.

4.Manter os ambientes limpos e facilitar a circulação de ar.

 5.Misturar 1 colher (sopa) de água oxigenada 10 volumes em um copo de água não clorada (filtrada / sem cloro),

Colocar num frasco de spray limpo e higienizado para aplicar nas narinas sempre que for necessário.

6.Os óleos essenciais podem intervir em certos sintomas de maneira rápida e eficaz.

Muitos demonstram ação anti-inflamatória e imunomoduladora, ou seja, conferem uma melhora da resposta imunológica.

Alguns óleos essenciais ainda possuem ação mucolítica, broncodilatadora, expectorante e antialérgica, por exemplo.

Obstrução nasal: Hortelã-pimenta, Eucalipto Globulus, Alecrim QT Cânfora, Alecrim QT Cineol.

Coceira no nariz e garganta: Espruce Branco, Eucalipto Globulus, Eucalipto Radiata;

Contraindicações: É recomendado não usar os óleos essenciais de Hortelã-pimenta e Eucalipto Globulus em crianças menores de 2 anos.

Não usar o óleo essencial de Alecrim QT Cânfora em grávidas e pessoas com hipertensão.