MAGNÉSIO SAIBA TUDO SOBRE ESTE MINERAL

O magnésio atua como cofator em mais de 300 reações metabólicas, desempenhando papel fundamental no metabolismo da glicose, na homeostase insulínica e glicêmica e na síntese de adenosina trifosfato, proteínas e ácidos nucleicos.

Atua ainda na estabilidade da membrana neuromuscular e cardiovascular, na manutenção do tônus vasomotor e certamente como regulador fisiológico da função hormonal e imunológica.

Suas principais fontes alimentares são:

• Verdes,
• Espinafre,
• Nozes,
• Frutas,
• Legumes
• Tubérculos.

A recomendação de ingestão diária é de 310 a 320 mg e 400 a 420 mg para mulheres e homens adultos, respectivamente.

Nos últimos anos, tem-se observado redução na ingestão dietética deste mineral, principalmente em países ocidentais, nos quais o consumo de alimentos processados é crescente.

O BRASIL NÃO TEM VULCÕES

O Brasil por não ter vulcões, seu solo é pobre desse mineral, consequentemente seus alimentos também o são o que compromete sua ingestão adequada e expõe os indivíduos ao risco aumentado para o desenvolvimento de doenças crônicas.

Nessa perspectiva, dados de diversos estudos mostram portanto, que o consumo reduzido desse mineral leva ao aumento do risco de desenvolvimento da resistência à insulina, diabetes mellitus tipo 2 e doenças cardiovasculares, além de estar relacionado a desordens neuromusculares e no metabolismo ósseo, arritmias cardíacas, hipertensão arterial, aterogênese e eclâmpsia.

A deficiência pode decorrer tanto da ingestão inadequada, quanto da excreção aumentada, sendo a homeostase desse nutriente, em nosso organismo, regulada principalmente pelos rins.

O limiar máximo da sua concentração no plasma é próximo dos valores de referência, sendo o excesso deste mineral, proveniente da dieta ou administrado por via parenteral, quase totalmente excretado.

Aproximadamente 2 g deste mineral são filtrados diariamente nos rins e apenas 100 mg são excretados na urina, o que mostra então que 95% do filtrado é reabsorvido.

Cerca de 30 a 50% é proveniente da alimentação e é consequentemente absorvido ao longo de todo o intestino em processo que depende das reservas do organismo e do seu aporte na dieta.

Além do trato gastrointestinal e dos rins, o tecido ósseo também está envolvido na regulação da disponibilidade celular do:

• Magnésio,
• Vitamina D,
• Hormônios paratormônio,
• Calcitonina,
• Glucagon,
• Antidiurético,
• Aldosterona,
• Esteroides sexuais, os quais influenciam naturalmente direta ou indiretamente na regulação homeostática deste mineral.

BIODISPONIBILIDADE

Existem fatores inibidores do processo de absorção desse mineral, como a presença na dieta de alimentos principalmente ricos em fitatos, oxalatos, fosfatos e fibras alimentares; e promotores, tais como a lactose e carboidratos.

As proteínas podem alterar o processo absortivo deste mineral, sendo reduzido quando a ingestão proteica é inferior a 30 g/dia.

Além disso, as proteínas e outros fatores dietéticos, como teor elevado de sódio, cálcio, cafeína e álcool também podem aumentar a excreção
renal desse mineral.

RELAÇÃO ENTRE EXERCÍCIOS FÍSICOS, STRESS OXIDATIVO E MAGNÉSIO

Atualmente é reconhecido que os radicais livres, além de ser um dos fatores que causam lesões no exercício físico, também exercem efeitos positivos no sistema imunológico e em funções metabólicas essenciais.

Se a ação de tais radicais livres será benéfica ou deletéria para o organismo vai depender principalmente da atividade dos antioxidantes, que são substâncias que suprimem tais radicais e seus efeitos danosos.

O estresse oxidativo acontece principalmente quando a ação dos radicais livres supera a atividade dos antioxidantes.

Uma das principais consequências do estresse oxidativo é a peroxidação lipídica, além de possíveis danos a proteínas e ao DNA (ácido desoxirribonucléico), alterando consequentemente a função celular (AMORIM et al.,2008).

MAGNÉSIO NA ATIVIDADE FÍSICA

Os atletas, em particular, são um grupo populacional com tendência a apresentar perdas elevadas deste mineral pela urina e pelo suor em períodos de treinamento intenso.

Inclusive, por esta razão, especula-se que as necessidades de atletas sejam 10% a 20% maiores do que as recomendações atuais para indivíduos sedentários de mesmo sexo e faixa etária.

A realização da atividade física leva à redistribuição do mineral no organismo.

O tipo de exercício e o seu estado nutricional influenciam a natureza desta redistribuição.

Os primeiros estudos a respeito do assunto afirmavam que os exercícios de alta intensidade e de curta duração aumentam principalmente a concentração plasmática de magnésio em 5% a 15%, retornando aos seus valores iniciais 24 horas após os exercícios.

Esta alteração era associada certamente com redução no volume plasmático (AMORIM et al.,2008).

Ele é então mobilizado para o osso, para os tecidos moles, para o músculo e para o adipócito, com a finalidade de restaurar principalmente as concentrações deste mineral plasmático prévias ao exercício.

O grau de dano muscular, que por sua vez é uma função da intensidade e duração da atividade realizada, é um fator na liberação deste mineral do músculo esquelético.

A DEFICIÊNCIA E ESTRESSE OXIDATIVO NO
EXERCÍCIO FÍSICO

Mecanismos pelos quais a deficiência deste mineral leva ao estresse oxidativo ainda não estão completamente esclarecidos.

Várias rotas metabólicas podem estar envolvidas na exacerbação da produção de radicais livres por meio de sua deficiência.

É reconhecido que a deficiência deste mineral deixa as membranas celulares mais fluídas. Tal fluidez em grandes proporções é certamente um ponto chave nas alterações celulares que ocorrem por sua deficiência.

No caso de atletas, os eritrócitos estão mais suscetíveis à hemólise, e a instalação da deficiência do mineral reduz mais ainda a integridade celular,consequentemente levando a um quadro de anemia.

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O MAGNÉSIO NA NATUREZA

Na natureza existem várias formas de calcários magnesianos, como por exemplo, a dolomita, MgCa(CO3)2 ou a magnesita, MgCO3.

Minerais contendo carbonatos de magnésio. Minerais menos importantes são a carnalita, um composto de cloreto de potássio e magnésio MgCl2KCl.6H2O; e a brucita, um hidróxido de magnésio Mg[OH]2 (FRANCO, 2009).

Uma fonte riquíssima em cloreto de magnésio é, sem dúvida, a água dos
oceanos, bem como o são as salinas naturais que se encontram em lagos com elevado teor neste metal, ou o próprio Mar Morto, o qual contém cerca de 3% (em peso) de magnésio.

TIPOS DE MAGNÉSIO

1.DIMALATO

É atualmente a melhor forma de suplementar, pois além de ser 100% natural, tem a melhor absorção entre todos os suplementos de magnésio.

O dimalato é um magnésio quelado (protegido) com duas moléculas de ácido málico, ao passar pela parede intestinal ele vai liberar ácido málico e magnésio.

O ácido málico tem uma função anti-inflamatória.

O magnésio dimalato também possui uma liberação prolongada, o que faz com que ele absorva muito mais do que qualquer outro.

O dimalato tem ainda a vantagem de otimizar a produção de energia (ATP), pois o ácido málico faz parte do ciclo de Krebs, tendo uma aplicação muito útil principalmente no sistema cardiovascular.

Existem diversos tipos de magnésio dimalato no mercado e é prudente prestar atenção aos rótulos, ingredientes e tabelas nutricionais.

É importante também verificar o tipo de cápsula.O ideal são cápsulas vegetarianas que tem uma melhor absorção.

2.OROTATE

O orotato de magnésio, também chamado de diidrato de orotato de magnésio, é extremamente útil para lidar com as deficiências.

O orotato é um composto que inclui magnésio e ácido orótico. Orotatos podem penetrar nas membranas celulares, permitindo a entrega eficaz do íon de magnésio para as camadas mais internas da mitocôndria e do núcleo celular.

Isso é particularmente importante em células cardíacas e nervosas, que são incapazes de se renovar ou regenerar quando danificadas, e, portanto, a entrega efetiva deste mineral é importante para a recuperação desses tecidos.

3.ÓXIDO

É terapeuticamente usado como um laxante e proporciona alívio para o refluxo ácido . Como essa forma de magnésio tem baixa biodisponibilidade (apenas 4%),é certamente considerada a pior forma deste mineral.

4.CITRATO

Derivado do sal de magnésio do ácido cítrico , o citrato de magnésio é altamente solúvel e tem maior biodisponibilidade que o óxido de magnésio.

O citrato é principalmente usado para induzir evacuações, mas também tem sido estudado para a prevenção de pedras nos rins.

5.LACTATO

O lactato de magnésio é um suplemento mineral comumente usado para lidar com problemas digestivos. O lactato de magnésio deve ser evitado por pessoas com doença renal ou problemas relacionados aos rins.

6.SULFATO

O sulfato de magnésio é uma forma de magnésio com uma concentração elementar de 10% e níveis mais baixos de biodisponibilidade. Ele contém magnésio, enxofre e oxigênio e é frequentemente vendido como sal Epsom .

7.CARBONATO

Também chamado de magnesita, o carbonato de magnésio é usado como remédio para azia e mal-estar estomacal. Sua biodisponibilidade é de cerca de 30% quando tomada internamente.

8.CLORETO PA

O cloreto de magnésio PA, apesar de ser um dos mais divulgados, é no entanto o suplemento deste mineral mais químico do mercado, constituído por cloro e magnésio, e que foi criado para aplicações industriais.

Não é recomendado para pessoas com problemas gástricos, pois pode causar diarreias ou colite, além de seu excesso provocar insuficiência renal

9.GLICINATO

Também com boa absorção, é recomendado para qualquer pessoa com uma deficiência conhecida de magnésio por ser menos propenso a causar efeitos laxantes do que o cloreto de magnésio pa, por exemplo.

10.ÓLEO DE CLORETO DE MAGNÉSIO

Uma forma de óleo de magnésio que pode ser aplicada à pele. Também é dado a pessoas que têm distúrbios digestivos que impedem a absorção normal de magnésio de seus alimentos.

Os atletas às vezes usam óleo de magnésio para aumentar a energia e a resistência, a dor muscular e curar feridas ou irritação da pele.

11.L-TREONATO

O L-Treonato é o mais o mais novo suplemento capaz melhorar a função do cérebro, contribuindo para o aumento das funções cognitivas como a memória, concentração e aprendizagem. … Com o uso deste mineral tem-se como resultado uma sensação de maior disposição, atenção e concentração nas atividades diárias.

12.GLICINA QUELATO

Melhora o desempenho físico e auxilia na prevenção de doenças ósseas como a osteoporose,por exemplo.

SINTOMAS DE FALTA DE MAGNÉSIO

Se a pessoa sofre de falta de magnésio ela pode sentir os seguintes sintomas:

Tontura, náuseas, perda do apetite, constipação, dores de cabeça, vertigem, fraqueza e cansaço constante, pressão no peito, dificuldade em engolir, sensação de “caroço” na garganta, tremores e insônia.

Se a deficiência for grave: cãibras frequentes, visão turva, intumescimento e formigamento nas extremidades, fotofobia (sensibilidade à luz), convulsões, mudança de humor, alucinações e delírio, ritmo cardíaco anormal, degeneração da cartilagem e outros.

SINTOMAS DE EXCESSO DE MAGNÉSIO

É raro consumi-lo em excesso, mas exagerar na ingestão dos suplementos pode levar a essa condição, chamada de intoxicação por magnésio.

Podem surgir os seguintes sintomas:

• Diarreia,
• Náusea,
• Cólicas abdominais,
• Em casos extremos, arritmia ou parada cardíaca.

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INTERAÇÃO DO MAGNÉSIO COM MEDICAMENTOS

Podem afetar principalmente a capacidade de absorção do mineral pelo organismo. Algumas dessas medicações são:

• Antibióticos.
• Bisfosfonatos, como por exemplo os receitados para osteoporose.
• Medicamentos usados principalmente no tratamento de refluxo ácido

INTERAÇÃO COM ALCÓOL

ÁLCOOL eleva a quantidade do mineral secretado na urina. Pesquisas comprovaram que muito alcoólatras possuem níveis reduzidos do mineral no organismo.

O álcool causa consequentemente um aumento imediato e substancial na excreção de magnésio e outros eletrólitos. Mesmo bebendo com moderação, os níveis de magnésio podem ser reduzidos.

Este mineral atinge os níveis mais baixos por exemplo, quando alcoólatras passam por fases de abstinência.

TOME DURANTE O DIA

Em vez de tomar todo o mineral em uma só dose, consuma quantidades pequenas ao longo do dia junto às refeições e com um copo d’água.Consequentemente o corpo conseguirá processá-lo de maneira mais eficaz ao adotar essa forma de consumo.

Algumas pessoas sugerem que o suplemento de magnésio seja tomado com o estômago vazio, caso esteja com problemas de absorção.

Às vezes, os minerais presentes nos alimentos do estômago podem interferir com a capacidade do corpo em absorver este mineral. No entanto, isso também pode irritar o estômago.

A organização médica Mayo Clinic, dos Estados Unidos, sugere a ingestão de magnésio apenas junto às refeições. Uma forte diarreia pode acometer pessoas que tomarem o suplemento com o estômago vazio.

Não é preciso ter receita para comprá-lo, mas certamente não deixe de procurar um profissional para lhe indicar o tratamento adequado.

ESPERO TER FALADO TUDO! Se ficou alguma dúvida faça um comentário! Vou responder em breve!

Um grande abraço!

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