ANGINA PECTORIS SINTOMAS CAUSAS E TRATAMENTOS

Angina pectoris ou angina é dor ou desconforto temporário no peito, como resultado da diminuição do fluxo sanguíneo no músculo cardíaco.

Ela não é um ataque cardíaco, no entanto é um sinal de aumento do risco de ataque cardíaco.

Devido à diminuição do fluxo sanguíneo, não há oxigênio suficiente para o músculo cardíaco, resultando em dor no peito.

Geralmente ela desaparece rapidamente. Ainda assim, pode ser um sinal de um problema cardíaco com risco de vida. É importante descobrir o que está acontecendo e o que você pode fazer para evitar um ataque cardíaco.

Ela não é uma doença, mas uma síndrome que marca uma condição subjacente, como a doença arterial coronariana (DAC), na qual há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio.

 

TIPOS DE ANGINA PECTORIS

 

Os tipos mais comuns são angina estável crônica e angina instável.

Angina estável crônica. A dor no peito ocorre quando o coração está trabalhando o suficiente para precisar de mais oxigênio, como durante os exercícios.

A dor pode desaparecer quando você descansa.

O padrão da dor – quanto tempo dura, com que frequência ocorre, o que a desencadeia e como responde ao repouso ou ao tratamento – permanece estável por pelo menos dois meses.

Instável. Essa é uma nova dor no peito ou uma alteração no seu padrão habitual de dor no peito, se está piorando, durando mais tempo ou não sendo aliviada por repouso ou medicação.

A instável é perigosa e um sinal de alerta de um ataque cardíaco. Se sua angina é instável, procure atendimento médico urgente.

Outros tipos de angina incluem angina variante ou Prinzmetal – um tipo raro causado por espasmo nas artérias coronárias – e angina microvascular, que pode ser um sintoma de doença nos pequenos vasos sanguíneos da artéria coronária.

 

ANGINA NOTURNA

 

Pode também ocorrer angina noturna se um sonho desencadear alterações expressivas na respiração, frequência de pulso e PA.

A noturna também pode ser um sinal de insuficiência recorrente do VE, um equivalente da dispneia noturna.

Posição deitada aumenta o retorno venoso, esticando o miocárdio e aumentando a tensão da parede, o que aumenta a demanda de oxigênio.

A angina em decúbito é a angina que ocorre espontaneamente durante o repouso. Normalmente, acompanha-se de aumento discreto da FC e, às vezes, de elevação intensa da PA, o que aumenta a demanda de oxigênio.

Esses aumentos podem ser a causa da angina de repouso ou o resultado de isquemia induzida pela ruptura de placa e formação de trombo.

Se a angina não for aliviada, a demanda miocárdica de oxigênio, que não foi suprida, aumenta ainda mais, elevando consequentemente a probabilidade de infarto agudo do miocárdio.

Alguns pacientes têm mais de um tipo de angina. Pacientes com angina “mista” têm um limite superior bem estabelecido de exercício além do qual experimentam angina; no entanto, eles sofrem de uma proporção variável de ataques anginosos imprevisíveis que ocorrem espontaneamente ou em níveis de atividade bem tolerados.

Com o tempo, um tipo de angina pode se desenvolver em outro.

SINTOMAS DA ANGINA PECTORIS

 

• Incluem por exemplo:
• Dor ou desconforto no peito, como aperto no peito
• Desconforto na mandíbula, pescoço, braços, abdome superior, ombro ou costas.
• Fadiga
• Sudorese
• Náusea
• Tontura

 

CAUSAS DA ANGINA PECTORIS

 

Certos fatores, como estreitamento das artérias ( aterosclerose ), podem impedir que seu coração receba mais oxigênio.

Suas artérias podem se tornar estreitas e duras quando a placa (uma substância feita de gordura, colesterol, cálcio e outras substâncias) se acumula dentro das paredes das artérias.

Coágulos sanguíneos também podem bloquear suas artérias e reduzir o fluxo de sangue rico em oxigênio para o coração.

 

FATORES DE RISCO DA ANGINA PECTORIS

 

Os fatores de risco para angina estável incluem, por exemplo:

• Estar acima do peso
• Histórico de doença cardíaca
• Pressão alta
• Diabetes
• Fumar
• Sedentarismo
  
  Refeições grandes, exercícios físicos vigorosos e clima extremamente quente ou frio também podem desencadear angina estável em alguns casos.

 

DIAGNÓSTICO DA ANGINA PECTORIS

 

Para diagnosticar a angina, seu médico começará fazendo um exame físico e perguntando sobre seus sintomas.

Você também será questionado sobre quaisquer fatores de risco, incluindo se tem histórico familiar de doença cardíaca.

Existem vários testes que seu médico pode solicitar para ajudar a confirmar se você tem angina, por exemplo:

1.Eletrocardiograma (ECG ou ECG)

 

Cada batida do seu coração é desencadeada por um impulso elétrico gerado a partir de células especiais do seu coração.

Um eletrocardiograma registra esses sinais elétricos enquanto eles viajam pelo seu coração.

O seu médico pode procurar padrões entre esses batimentos cardíacos para ver se o fluxo sanguíneo no seu coração foi mais lento ou interrompido ou se você está tendo um ataque cardíaco.

2.Teste de stress

 

Às vezes, a angina é mais fácil de diagnosticar quando o coração está trabalhando mais. Durante um teste de estresse, você se exercita andando em uma esteira ou pedalando uma bicicleta ergométrica.

Durante o exercício, sua pressão arterial é monitorada e suas leituras de ECG são observadas.

Outros testes também podem ser realizados enquanto você está passando por testes de estresse. Se você não conseguir se exercitar, poderá receber medicamentos que fazem seu coração trabalhar mais para simular o exercício.

3.Ecocardiograma

 

Um ecocardiograma usa ondas sonoras para produzir imagens do coração.

O seu médico pode usar essas imagens para identificar problemas relacionados à angina, incluindo se há áreas do músculo cardíaco danificadas pelo fluxo sanguíneo inadequado, por exemplo.

Às vezes, um ecocardiograma é realizado durante um teste de estresse, e isso pode mostrar se há áreas do seu coração que não estão recebendo sangue suficiente.

4.Teste de estresse nuclear

 

Teste de estresse nuclear ajuda a medir o fluxo sanguíneo no músculo cardíaco em repouso e durante o estresse.

É semelhante a um teste de estresse de rotina, mas durante um teste de estresse nuclear, uma substância radioativa é injetada na corrente sanguínea.

Esta substância se mistura com o seu sangue e viaja para o seu coração. Um scanner especial – que detecta o material radioativo no seu coração – cria imagens do seu músculo cardíaco.

O fluxo sanguíneo inadequado para qualquer parte do seu coração aparecerá nas imagens, porque não há tanta substância radioativa chegando lá.

5.Raio-x do tórax

 

Este teste captura imagens do seu coração e pulmões. Isso é para procurar outras condições que possam explicar seus sintomas e verificar se você tem um coração aumentado.

6.Exames de sangue

 

Certas enzimas cardíacas vazam lentamente para o sangue se o coração foi danificado por um ataque cardíaco. Amostras do seu sangue podem ser testadas quanto à presença dessas enzimas.

7.Angiografia coronária

 

A angiografia coronariana utiliza imagens de raios-X para examinar o interior dos vasos sanguíneos do seu coração. Faz parte de um grupo geral de procedimentos conhecido como cateterismo cardíaco.

Durante a angiografia coronária, um tipo de corante visível pela máquina de raios X é injetado nos vasos sanguíneos do coração.

A máquina de raios X tira rapidamente uma série de imagens (angiogramas), oferecendo uma visão detalhada do interior dos vasos sanguíneos.

8.Tomografia computadorizada cardíaca (TC)

 

Em uma tomografia cardíaca, você fica deitado em uma mesa dentro de uma máquina em forma de rosca.

Um tubo de raios X no interior da máquina gira em torno de seu corpo e coleta imagens do seu coração e peito, o que pode mostrar se alguma das artérias do seu coração está estreitada ou se o seu coração está aumentado, por exemplo.

9.RM cardíaca

 

Em uma ressonância magnética cardíaca, você se deita sobre uma mesa dentro de uma máquina comprida tipo tubo que produz imagens detalhadas da estrutura do seu coração e de seus vasos sanguíneos.

TRATAMENTO PARA ANGINA PECTORIS

Modificação dos fatores de risco (tabagismo, PA, lipídios).
Drogas antiplaquetárias (ácido acetilsalicílico e às vezes clopidogrel, prasugrel ou ticagrelor).

Betabloqueadores
Nitroglicerina e bloqueadores de canal de cálcio para controle de sintomas
Inibidores de ECA
Revascularização, se os sintomas persistirem apesar do tratamento médico.

O tratamento medicamentoso associado a uma alimentação balanceada e hábitos de vida saudáveis atuam de forma efetiva na cura da angina.

Portanto, é preciso imprimir algumas mudanças no seu estilo de vida.

1.Beba bastante água

 

A água ajuda a eliminar o excesso de sódio que causa a pressão alta e a hipertensão, sintomas que costumam provocar a angina e a doença arterial coronariana.

Tente beber pelo menos 250 ml de água a cada duas horas

2.Durma bastante

 

A falta de descanso está associada a um risco maior, por exemplo, de pressão alta, hipertensão, diabetes, obesidade e estresse crônico — que podem causar a angina e aumentar o risco de cardiopatias.

Estudos apontam que essa privação também enfraquece o sistema imunológico, aumenta a produção do hormônio do estresse, deixa o organismo suscetível a outros problemas crônicos e diminui a expectativa de vida.

3.Evite ficar sentado por tempo demais

 

Ficar sentado aumenta bastante o risco de angina e de outros problemas cardíacos.

Não fique na frente da televisão, na mesa do escritório ou no assento do motorista por mais de duas horas seguidas se você foi diagnosticado com o quadro.

4.Evite situações estressantes

 

Embora ter um pouco de estresse seja saudável, pode aumentar a pressão arterial e o nível de ansiedade, alterar a frequência cardíaca e afetar o sistema imunológico, causando a dor da angina — e, em casos mais graves, ataques cardíacos.

5.Faça exercícios moderados

 

Estudos apontam que praticar atividades regularmente faz bem a quem tem angina estável, já que regula a pressão arterial, o colesterol, o diabetes e a obesidade.

Qualquer movimento aeróbico, em particular, aumenta a circulação de sangue e o transporte de oxigênio ao coração — quando a pessoa está descansando ou quando sobe escadas ou carrega sacolas de compras, por exemplo.

Por fim, as atividades reduzem a produção do hormônio do estresse e têm um impacto positivo na saúde psicológica.